quarta-feira, 26 de maio de 2021

Proposta Pedagógica

fonte:

https://www.educamaisbrasil.com.br/proposta-pedagogica

O que é Proposta Pedagógica

Todas as instituições de ensino que atuam com a educação básica devem apresentar uma Proposta Pedagógica condizente com os seus objetivos e crenças. É a partir dela que a escola irá criar estratégias e planejar suas ações, visando sempre o desenvolvimento dos seus alunos, e o cumprimento das normas do Ministério da Educação – MEC. Mas o que é uma Proposta Pedagógica?


proposta pedagógica escolar funciona como uma espécie de identidade institucional: ela apresenta e norteia a metodologia de ensino, a estrutura curricular e as atividades educativas das escolas públicas e particulares, formalizando o compromisso assumido por professores, funcionários, pais e alunos no período letivo.


Prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996, elaborada pelo MEC, a proposta pedagógica garante a autonomia das instituições de ensino, garantindo que elas sejam responsáveis por suas próprias questões pedagógicas. Os pais e responsáveis que estão se perguntando como escolher uma boa escola, podem começar a sua busca verificando quais são as propostas pedagógicas das instituições de sua região.


Geralmente elas são baseadas em uma determinada linha educacional, e no estudos e pesquisas realizados por grandes educadores e psicólogos. O construtivismo, por exemplo, tem como base os ensinamentos de Jean Piaget, enquanto a Freireana é inspirada nos ideais do educador brasileiro Paulo Freire. E independente da proposta pedagógica adotada, toda escola precisa cumprir as diretrizes estabelecidas pelo MEC


Mas como avaliar uma proposta pedagógica para saber qual delas é a melhor para os estudantes? É importante ter em mente que cada uma delas apresenta valores próprios, vantagens e também desvantagens. Mas para auxiliar pais e educadores nessa tarefa, apresentamos a seguir as principais propostas pedagógicas utilizadas por escolas brasileiras. Confira:

Comportamentalista

O movimento comportamentalista foi fundado pelo psicólogo John B. Watson. O principal objetivo do método de ensino comportamental é modificar comportamentos que possam ser prejudiciais e promover a aquisição de novos, positivos para o aluno e a sociedade em geral. Nesta proposta, os docentes são os detentores do conhecimento, responsáveis por ensinar todos os assuntos necessários para o pleno desenvolvimento dos estudantes.

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Construtivista/Cognitivista

A metodologia Construtivista (ou Cognitivista) foi desenvolvida pelo psicólogo e biólogo Jean Piaget. As instituições de ensino que utilizam a proposta construtivista (ou abordagem cognitivista), atuam com a criação de condições, situações, experimentações e atividades que estimulam os estudantes para que eles construam seus próprios saberes através da interação, se tornando, assim, os principais responsáveis pelo processo de aprendizagem.

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Democrática

Tendo como seu percursor o educador escocês Alexander Sutherland Neill, a proposta pedagógica democrática é uma vertente do ensino que tem como principal característica o fato dos alunos não terem a “obrigação” de estarem presentes em sala de aula, seguindo um único cronograma de conteúdo padrão pré-estabelecido pela instituição de ensino. Nesta modalidade de proposta pedagógica, o aluno tem liberdade para escolher quais atividades deseja realizar de acordo com as necessidades e interesses individuais e do grupo.

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Freireana

Desenvolvida pelo educador brasileiro Paulo Freire, a proposta pedagógica Freireana utiliza como ponto de partida a linguagem e o diálogo, e se caracteriza por ser dinâmica, que se faz e refaz a partir da interação coletiva (entre professores e estudantes). Outra característica da metodologia é a utilização das realidades sociais e experiências dos estudantes no processo ensino-aprendizagem, de modo que eles consigam enxergar sentidos e propósitos nos estudos.

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Humanista

Desenvolvida por Abraham Maslow e Carl Rodgers, a proposta pedagógica Humanística é baseada na Teoria Humanista que centra o seu estudo na particularidade de cada ser humano, na complexidade e singularidade de cada pessoa, nos seus motivos e interesses. Nesta modalidade de proposta pedagógica, o aluno tem liberdade para escolher quais atividades deseja realizar de acordo com as necessidades e interesses individuais e do grupo.

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Interacionista

O principal teórico desta vertente educacional é o psicólogo Jean Piaget. A metodologia interacionista defende que fatores orgânicos e ambientais exercem influência no processo de desenvolvimento dos seres humanos, inclusive em sua formação educacional. Em outras palavras, o conhecimento é resultado da combinação entre fatores objetivos e subjetivos que fazem parte do cotidiano de cada estudante.

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Lúdica

As atividades lúdicas (o brincar) estão intimamente ligadas às crianças, por isso a metodologia lúdica costuma ser utilizada por escolas que atuam com o oferecimento de educação infantil e ensino fundamental. O principal objetivo dessa proposta pedagógica é promover o aprendizado de estudantes através do uso da imaginação e da diversão, o que torna o processo ensino-aprendizagem muito mais fácil e assertivo.

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Montessoriana

Desenvolvido pela médica e educadora Maria Montessori, a proposta Montessoriana tem como base o potencial criativo das crianças e busca inter-relacionar a atividade educacional, liberdade e individualidade, indo de encontro à pedagogia tradicional extremamente rígida que vigorava na época. Entre os pilares estão: Adulto Preparado; Ambiente Preparado; Autoeducação; Criança Equilibrada; Educação como Ciência e Educação Cósmica.

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Sociointeracionista

No modelo pedagógico desenvolvido por Lev Semyonovich Vygotsky, o professor tem o papel de promover avanços dos alunos, criando o que ele chamava de zonas de desenvolvimento proximal. Nesse caso o aluno não é apenas o sujeito da aprendizagem, mas aquele que aprende com o outro aquilo que seu grupo social produz. Em outras palavras, a proposta pedagógica Sociointeracionista se trata de uma abordagem histórico-cultural do desenvolvimento humano.

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Tradicional

pedagogia tradicional prevê a realização de uma prática educativa voltada especificamente para a formação intelectual e moral de crianças, jovens e adultos. Nesta vertente educacional, a escola é o local oficial da transmissão do conhecimento, sendo a sala de aula um ambiente voltado unicamente para o processo ensino-aprendizagem, no qual os professores têm a autoridade e os alunos devem ter obediência e aprender tudo o que lhes é ensinado.

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Waldorf

As escolas de educação infantil que aplicam o modelo pedagógico Waldorf se mostram muito ligadas às artes, música e outras formas que promovam a interação entre os estudantes. No seu modelo de ensino, as instituições que adotam essa proposta pedagógica não dão ênfase aos aparatos materiais como computadores, brinquedos complexos e aprimorados. As avaliações nessas escolas não se dão por meio de notas, mas, de forma contínua e diversificada.


Construção da Proposta Pedagógica

http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/constr_prop_p001-017_c.pdf

Repensando a construção da proposta pedagógica no contexto de mudanças

 

Repensar a construção da proposta pedagógica exige uma reflexão da equipe escolar para avaliar as ações planejadas e desenvolvidas ao longo do período previsto. O grupo deve identificar as dificuldades encontradas e não resolvidas, pensando as possíveis ações que possam minimizá-las. Deve também, retomar as ações que se revelaram positivas, a fim de redireciona-las, favorecendo a concretização do projeto pedagógico da escola. Assim, a construção da proposta pedagógica, além da retomada do trabalho já desenvolvido, deverá promover o estudo e a reflexão contínua sobre as experiências acumuladas para a definição de outras metas, de novos pontos de chegada e de metodologias diferenciadas que contribuirão para o sucesso da escola.

 

Qual o ponto de partida?

 

A escola tem, como sabemos, a função de criar condições para que todos os alunos possam ampliar o conhecimento, desenvolver as habilidades necessárias para a compreensão da realidade e para a participação em relações sociais, políticas e culturais diversificadas e cada vez mais amplas.

 

É nessa perspectiva que estamos desenvolvendo o nosso plano de trabalho. Neste momento, surge a necessidade de auxiliar a discussão no coletivo da escola para a retomada do seu projeto pedagógico. Assim, apresentamos, algumas questões que poderão servir de ponto de partida para o início desta atividade.

 

Quais serão os pontos fundamentais em torno dos quais vamos trabalhar este ano?

 

O levantamento dos pontos fundamentais, em torno dos quais se desenvolverá o plano de trabalho para o presente ano letivo, pode ser desencadeado a partir da análise sobre a real situação de aprendizagem dos alunos, uma vez que é em torno do desenvolvimento deles que giram as ações da escola. Assim, torna-se essencial considerar os dados de permanência e desempenho dos alunos, disponíveis a partir dos diferentes instrumentos utilizados para a avaliação, tanto do ponto de vista qualitativo como do quantitativo:

 

 


  número de alunos de cada classe/série/ciclo;

 

  número de alunos na disciplina;

 

  número de alunos classificados /reclassificados; 

 

  número de alunos participantes de estudos de recuperação paralela;

 

  número de alunos participantes de estudos de recuperação nas férias;

 

  dados de desempenho dos alunos nas classes de aceleração;

 

  dados de desempenho nos diversos instrumentos elaborados e aplicados pela escola;

 

  dados de desempenho dos alunos no SARESP.

 

  

O que esses dados nos mostram?

 

Esses dados possibilitam o diagnóstico da situação real de desempenho dos alunos e, e a partir disso, a definição do ponto de partida para o trabalho a ser desenvolvido com vistas a alcançar as metas consideradas prioritárias pelo coletivo da escola.'

 

Quais os componentes que apresentaram maiores dificuldades? Por quê?

 

Quais as habilidades que os alunos ainda não desenvolveram? Por quê?

 

Quais as séries que apresentaram maiores necessidades de estudos de recuperação? Por quê?

 

Quais foram os aspectos de maior avanço? A que se devem esses avanços?

 

Que alterações consideramos necessárias na nossa forma de trabalho para este ano?

 

Após a identificação das necessidades das crianças e dos jovens, os educadores podem procurar desenvolver o trabalho de maneira flexível, dentro de um padrão metodológico que mobilize interesses, ative a participação, desafie o pensamento, instale o entusiasmo e a confiança, possibilite acertos, valorize os avanços e melhore a auto-estima. Na verdade, esses princípios passam a ser diretrizes da atuação do professor, numa busca de tornar significativo e bem-sucedido o processo de ensino e aprendizagem.

 

 

 

É importante que o coletivo da escola planeje um trabalho diferenciado, a favor de todos os alunos.

 

 

 

Que atividades desenvolvidas na escola são consideradas bem-sucedidas? Analise os fatores que levaram a isso.

 

O que uma proposta pedagógica deve contemplar?

 

Uma proposta pedagógica, como expressão clara e objetiva dos valores coletivos assumidos, deve contemplar as prioridades estabelecidas pela equipe, a partir das necessidades elencadas, da definição dos resultados desejados, incorporando a auto-avaliação no desenvolvimento do trabalho.

 

É a característica não específica e não generalizável da proposta pedagógica que lhe confere a natureza de algo não definitivo, solicitando constantemente o conhecimento das ações desenvolvidas pelos professores das diversas áreas, pelos professores coordenadores pedagógicos e demais integrantes da equipe escolar, servindo de base para o diálogo e reflexão do grupo e para a participação da comunidade.

 

Cabe, portanto, à própria escola, em sua proposta pedagógica, definir suas necessidades e conveniências. Na verdade é o coletivo da escola que vai definir todos os seus passos: objetivos, metas, meios, recursos, estratégias e critérios. Não se pode esquecer que a elaboração da proposta pedagógica será o exercício de autonomia, que será maior à medida que aumentarem a participação e o envolvimento do coletivo de educadores da escola.

 

 

 

É a possibilidade de continuamente fazer e retomar o planejamento que confere sentido às ações cotidianas.

 

 

 

Quais os conhecimentos/habilidades/atitudes e valores que vamos trabalhar prioritariamente tendo em vista a realidade da escola?

 

A construção da proposta pedagógica da escola demanda uma reflexão sobre os conteúdos a serem selecionados, de modo a ampliar a concepção de conteúdo para além de fatos e conceitos, passando a incluir procedimentos, valores, normas e atitudes, reafirmando a responsabilidade da escola com a formação ampla do aluno. Nesse sentido, o coletivo da escola deve refletir sobre um ensino em que o conteúdo seja visto como meio para que os alunos desenvolvam as capacidades que lhes permitam produzir e usufruir dos bens culturais, sociais e econômicos.

 

Quais os conhecimentos/habilidades/atitudes e valores esperamos que os alunos desenvolvam ao longo do seu percurso escolar?

 

Como a escola vai se organizar para desenvolver esse trabalho? Com quais recursos contamos?

 

Para ampliar o conhecimento, desenvolver habilidades/ atitudes dos alunos, estão envolvidos importantes aspectos organizacionais que por sua vez estão amparados por uma determinada concepção de ensino. Recomenda-se que a escola se organize para possibilitar formas variadas de trabalho, com acompanhamento e registros da aprendizagem dos alunos, garantindo também mecanismos de avaliação e de auto-avaliação. Ainda, sugere-se que o desenvolvimento do trabalho pedagógico em sala de aula seja realizado através da combinação de atividades comuns e diversificadas, de forma que possibilite aos alunos, além do momento individual, o trabalho em duplas, em pequenos e grandes grupos, em ambientes mais adequados e com materiais de aprendizagem.

 

A partir do diagnóstico da realidade da escola, podemos pensar em várias formas de a escola se organizar para potencializar o alcance das metas estabelecidas, tais como: salas-ambiente, flexibilização  curricular, recuperação paralela e contínua e classes de aceleração.

 

A organização do espaço escolar deve pautar-se pelas necessidades de desenvolver a proposta de trabalho considerada necessária. A melhor organização e utilização do tempo e dos espaços será o resultado de nossas concepções de escola como um lugar para ensinar e aprender.

 

Enfim, ao organizar a escola em salas-ambiente ou ao propor uma flexibilização  do currículo, ou ainda, ao planejar ações específicas e diferenciadas para os períodos de recuperação, estaremos possibilitando diferentes formas de se desenvolver uma aula. Isso facilita as trocas entre os alunos, colabora com a auto-estima ao permitir sua participação ativa nos trabalhos escolares e valoriza sua produção, bem como a prática pedagógica do professor, à medida que ele pode organizar com mais eficiência o seu trabalho.

 

Ensinar, Aprender, Avaliar, Progredir Continuamente

 

A compreensão que temos hoje do processo de ensino e aprendizagem exige um outro olhar para o processo de avaliação, que não pode mais se limitar a ser um procedimento decisório quanto à aprovação ou reprovação do aluno. Aprovação e reprovação são distorções perversas do conceito de avaliação. A avaliação é um procedimento pedagógico pelo qual se verifica continuamente o progresso de aprendizagem e se decide, caso necessário, sobre os meios alternativos de recuperação ou reforço.

 

Um ponto-chave é a compreensão de que os caminhos postos pela LDB  para a Educação Básica buscam oferecer as condições legais para que cada escola, com flexibilidade, se organize para facilitar o alcance dos seus objetivos. A LDB  confere aos estabelecimentos que utilizam progressão regular por série a autonomia de adotar, no Ensino Fundamental, o regime de progressão continuada, sem prejuízo da avaliação do processo de ensino e aprendizagem.

 

O entendimento da progressão continuada exige repensar concepções de ensino, aprendizagem e avaliação e propõe romper resistências, mudar representações acerca da escola, reconstruir a forma tradicional da relação escola - família.

 

"Mudanças na avaliação devem envolver um novo paradigma da relação professor/aluno, vista como uma relação de apoio e de parceria"3. Essas mudanças provocam ansiedade entre os professores que habitualmente fazem uma avaliação classificatória, que apenas verifica o rendimento escolar para separar os alunos em aprovados e reprovados ao final do processo. Ao invés disso, é necessário que os professores superem essa posição mais individualista e possam construir coletivamente novas formas de trabalho docente, partindo para uma avaliação formativa, capaz de colocar à disposição do professor e da equipe escolar informações mais precisas, mais qualitativas sobre os processos de aprendizagem dos alunos, os quais dependem da estrutura dos conhecimentos a construir e das habilidades a desenvolver em cada área.

 

 


 

Todo esforço possível e todos os recursos disponíveis devem ser providos pela escola e pelo sistema para levar o aluno ao aproveitamento das atividades escolares para seu

desenvolvimento cognitivo e social e, por conseqüência, ao progresso.

 

 

A concepção de progressão continuada não se confunde com a idéia de promoção automática. Enquanto esta última sugere menor investimento no ensino, a progressão continuada, conforme a Deliberação CEE n-Q 9/97 que a instituiu, enfatiza a necessidade de avaliações da aprendizagem, do desenvolvimento do aluno, do próprio ensino e avaliações institucionais; a necessidade de atividades de reforço e recuperação (paralelas e contínuas), de meios alternativos de adaptação, reclassificação, avanço, reconhecimento, aproveitamento e aceleração de estudos, de indicadores de desempenho, controle de freqüência dos alunos e dos dispositivos regimentais adequados.

 

A avaliação tem, portanto, "seu sentido ampliado, de alavanca do progresso do aluno e não mais o de um mero instrumento de seletividade. Ela adquire um sentido comparativo do antes e do depois da ação do professor, da valorização dos avanços, por pequenos que sejam, em diversas dimensões, do desenvolvimento do aluno, perdendo, assim, seu sentido de faca de corte. A avaliação se amplia pela postura de valorização de indícios que revelem o desenvolvimento dos alunos, sob qualquer ângulo, nos conhecimentos, nas formas de se expressar, nas formas de pensar, de se relacionar, de realizar atividades diversas, nas iniciativas".

 

"A progressão continuada, portanto, deve ser entendida como um mecanismo inteligente e eficaz no ajuste da realidade do fato pedagógico à realidade dos alunos, e não como um meio artificial e automático de se `empurrar' os alunos para as séries, etapas, fases subseqüentes", ou seja, é o resultado dos esforços coletivos de ensino que cada escola realizou para fazer o aluno progredir.

 

"No contexto da progressão continuada, as expressões habituais de aprovação e reprovação perdem sentido e cedem lugar aos conceitos de progressão, aprendizagens diferenciais e desenvolvimento global, orientados por maior clareza quanto aos objetivos do ensino fundamental na sociedade contemporânea, na comunidade onde a escola se insere, em um contexto de democratização da educação. O referencial passa a ser o objetivo de socialização dos conhecimentos básicos para todos e não os critérios de excelência em cada fragmento do conhecimento para poucos. Todos os alunos deverão percorrer a escola fundamental em oito anos, e cada unidade do sistema deverá potencializar todos os recursos para efetivar esta meta".

 

"O caráter radical da idéia de progressão continuada provoca, sem dúvida, saudáveis questionamentos em um sistema impregnado da tradição seletiva como se tem caracterizado o nosso". Outras formas de abordagem e atitudes, no entanto, podem ser valorizadas para responder a algumas questões, tais como: diferentes formas de trabalho que respeitem o aluno em seu ritmo, promovendo sua auto-estima, a exemplo do que já se vivencia nas Classes de Aceleração, ou em estudos de recuperação com programação específica.

 

Torna-se possível, também, pensar em outras formas para a organização das turmas na escola, a partir da reclassificação dos alunos da própria escola ou recebidos por transferência, e a própria classificação que poderá ser feita por promoção, transferência ou independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela própria escola.

 

 

A análise crítica das situações de aprendizado, bem como as discussões sobre como superar as dificuldades, sobre como será a avaliação e reforço devem ser muito bem organizadas pela equipe escolar. É necessário, ainda, o envolvimento dos pais e da comunidade. A revitalização  dos Conselhos de Classe, Grêmios e AM é fundamental para a análise da situação escolar e discussão das formas de superar as dificuldades encontradas. Assim, a escola, com seus problemas concretos e a participação direta de sua equipe escolar e da comunidade, deverá planejar os procedimentos pedagógico-administrativos para organização, desenvolvimento e avaliação de sua proposta pedagógica.

 

A proposta pedagógica da escola, coletivamente construída, será o fio condutor desta tarefa. Nela a escola irá estabelecer os procedimentos operacionais para a realização do trabalho docente e discente. À luz de sua proposta pedagógica, e do seu regimento, se define formas de avanço dos alunos e todos os procedimentos para sua classificação e reclassificação, promoção e retenção bem como os instrumentos e mecanismos a serem utilizados em vista do desenvolvimento das habilidades e da aprendizagem dos estudantes..

 


Participe, dê a sua contribuição:

1. Identificar experiências de ensino-aprendizagem bem sucedidas em nossa escola;

2. Identificar problemas que impedem que ocorra o processo de ensino-aprendizagem em nossa escola;

3. identificar áreas de conhecimento com maiores dificuldades em atingir os objetivos de ensino-aprendizagem em nossa escola;

4. Identificar os recursos existentes em nossa escola que podem facilitar o processo de ensino-aprendizagem dos nossos estudantes;



Para participar na construção da Proposta Pedagógica clique aqui

 

 

 

 

 

 

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